No Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), em que se discute a crise hídrica, países com situação financeira inferiores aos demais e que estão passando pela escassez de água, como Namíbia e Bahrein, pedem financiamento a países que estão em um melhor momento econômico, a fim de promover a dessalinização da água do mar.
Nessa questão ajuda é essencial, mas países desenvolvidos como os Estados Unidos e a Rússia não se disponibilizaram ajudar, afirmando ser um processo muito caro e incentivando a exploração de água subterrânea. Além disso, o delegado da Rússia não acha válido que os países de economia fraca peguem dinheiro com de economias mais fortes. O Japão, mesmo sendo um país que investiu na dessalinização, não apoia o uso desse processo por parte de países do Oriente.
Essas posições só provam a falta de comprometimento dos países desenvolvidos para evitar uma guerra pela água. Eles se colocam acima do bem comum para garantir somente seus direitos, ignorando a situação de demais países que estão necessitados.
Diferente deles, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos se colocam à disposição dos demais países para o investimento na dessalinização, visto que exploração de água subterrânea também necessita de investimento e não é uma resolução, mas de atraso para o problema.
Delegado da Itália questionando falta de investimento por meio dos EUA
Beatriz Lima e Júlia Lima
Al Jazeera