As delegadas
da África do Sul, do Zaire e da Ruanda alegam comportamento machista por parte
dos outros integrantes da bancada. A delegada da Ruanda afirma ser ignorada
pelos delegados que compreendem as potências político-econômicas globais. A Ruanda é a principal nação a ser beneficiada pelas discussões propostas no Comitê. Entretanto, o que se observa é a condução dos debates pelas grandes potências - econômicas e masculinas - o que revela o lugar de poder a partir do qual emitem seus discursos e conduzem suas ações.
Em um
assunto tão sério a ser resolvido como a indiferença quanto ao genocídio em
Ruanda, é perigoso assumir posturas que sugiram outro tipo de segregação em países africanos. Espera-se que o tema seja discutido com seriedade e que as delegadas - mulheres - tenham seu espaço e sua fala respeitados, afinal, em um fórum das Organizações das Nações Unidas é de extrema relevância que as questões de direitos humanos - em todos os aspectos - sejam prioritárias.
Delegadas de
Ruanda, África do Sul, Zaire, da direita para a esquerda.